Tratamentos de spa: o reembolso da previdência social está chegando ao fim?

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Nas piscinas, os hóspedes do spa buscam tratamento, como um aposentado que sofre de má circulação há vários anos. "Quando saio do spa, tenho um centímetro a menos no tornozelo, o que já é bastante", conta ela. Para diversas patologias, os pacientes passam por tratamentos de spa por 18 dias, dos quais mais de dois terços são reembolsados pelo plano de saúde. Mas esse tratamento, acompanhado de sessões de fisioterapia, pode não ser mais coberto.

A medida preocupa muitos frequentadores de spas. Reembolsar menos tratamentos é a meta do governo, considerando seu custo estimado em € 350 milhões por ano. Essa medida é ainda mais controversa, visto que sua eficácia é questionada. O argumento é rejeitado pelo diretor de um spa que recebe 5.500 hóspedes por ano. "Estamos lutando na batalha errada, na verdade, estamos lutando no nicho errado; não é aqui que deveríamos economizar dinheiro para a previdência social. É uma média de € 700 por três semanas de tratamento; não é caro", garante Eric Chavane, diretor das termas de Luxeuil-les-Bains.

Com os tratamentos sendo menos reembolsados, os pacientes abandonarão os spas ? É o que temem os comerciantes locais. Em um restaurante, 30% do faturamento depende dessa clientela. "Eles ficam lá de março a novembro, então ainda representa um período enorme para nós, especialmente o verão, quando são mais numerosos", confidencia o restaurateur Collin Vuillemard. Um hoteleiro que fica do outro lado da rua de um spa também está preocupado. Sem os clientes do spa, seu faturamento pode cair. "Representa até 60-70% do nosso faturamento", diz o gerente do hotel, Philippe Gaugirand. No total, os tratamentos de spa representam quase 7.000 empregos na França.