"Desculpa, Zizou, mas não": ex-companheiro afirma que Zidane não foi o melhor

Questionado sobre a influência de Zinedine Zidane na Copa do Mundo de 1998, o ex-jogador da seleção francesa acredita que Zidane não foi o melhor, longe disso.

Zinedine Zidane é considerado um dos melhores jogadores da história do futebol. Por meio de seu histórico, sua técnica e simplesmente sua classe, "Zizou" deixou sua marca no mundo do futebol e no esporte francês em geral.

Campeão do mundo em 1998 com dois gols de cabeça e autor de um gol magistral na final da Liga dos Campeões contra o Leverkusen em 2002, Zidane sempre marcou presença em grandes eventos.

E, no entanto, para um de seus antigos companheiros de equipe, o igualmente ilustre Robert Pires, não, Zinedine Zidane não foi o melhor jogador francês na Copa do Mundo de 98, realizada na França, muito pelo contrário. "Coletivamente e defensivamente, fomos muito fortes. E para mim, Youri (Djorkaeff) foi muito bom, Zizou não."

"Desculpe, Zizou, mas não. Estou olhando para você, não", explica ele no podcast Kampo, apresentado pelo jornalista Smaïl Bouabdellah. Não, mas é verdade também! Zizou chegou bem a tempo para a final, e Deus lhe disse: 'Você vai conseguir.' Tudo começou ali. Depois, não se pode discutir qualidades, mas naquela Copa do Mundo de 1998, o homem forte ofensivamente era o Youri."

E é verdade que aquele apelidado de "Cobra" jogou muito bem nesta Copa do Mundo. Autor de pênaltis contra a Dinamarca, Youri Djorkaeff deu três assistências para Bixente Lizarazu contra a Arábia Saudita, para Lilian Thuram contra a Croácia e para… Zinedine Zidane, cobrando um dos escanteios decisivos contra o Brasil. "Ele foi sólido no jogo", lembra o ex-meio-campista do Arsenal, que foi reserva naquela Copa do Mundo.

E para quem só se lembra dos dois gols de Zidane na final contra o Brasil, obviamente de importância capital, o camisa 10 não foi tão decisivo nas outras partidas, chegando a receber cartão vermelho contra a Arábia Saudita, na fase de grupos, limpando as chuteiras em um jogador. Um gesto altamente repreensível e que certamente lhe teria rendido uma suspensão mais longa em nossa época.