Wagner Moura: "Hollywood precisa acordar para Trump"

Até o momento, este é o nosso favorito do festival. "O Agente Secreto", do diretor brasileiro Kleber Mendonça Filho, nos leva de volta a 1977, no Brasil, durante a ditadura militar, e acompanha o retorno à sua amada cidade do Recife de um homem com um passado conturbado que se apresenta como Marcello. Ao procurar seu filho pequeno, que está sendo criado pelos sogros, ele se reconecta com seu passado e se descobre alvo de mercenários encarregados de eliminá-lo. Dito isto, nada foi dito sobre este soberbo afresco, entre crônica, thriller político e tantos outros gêneros, sobre a história do Brasil e do Recife, a luta entre o dinheiro privado e o interesse público, a corrupção assassina, a resistência ao poder, a probidade de cada um, a transmissão... e a importância do cinema em nossas vidas. Esses são os temas queridos de Mendonça Filho, cujos filmes amamos e que concorre à Palma de Ouro pela terceira vez, depois de "Aquarius", em 2016, e "Bacurau" (Prêmio do Júri, em 2019). Teremos prazer em lhe conceder esta palma. Ou o prêmio de Melhor Ator para seu protagonista, Wagner Moura, que dispensa apresentações já que interpretou Pablo Escobar na série "Narcos" . Um cara legal e um verdadeiro amor, tanto em "O Agente Secreto" (nos cinemas em 14 de janeiro de 2026) quanto no nosso microfone.

Wagner Moura Fiz um filme, "Marighella", que se passa na mesma época, sobre Carlos Marighella, um líder da resistência comunista. Então o assunto estava muito fresco na minha mente. Mas "O Agente Secreto" não fala estritamente sobre a ditadura militar, mas sim sobre...

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