O sucesso do filme de animação chinês “Ninguém”, um hino à revolta dos menos-que-nada

Este hino aos ninguéns é o grande sucesso de bilheteria chinês neste verão. Lançado em 2 de agosto , Ninguém , seu título internacional, tornou-se, em duas semanas, "o filme de animação 2D mais lucrativo da história", arrecadando mais de 1,047 bilhão de yuans (126 bilhões de euros), explica o jornal online Pengpai Xinwen . Ainda sem previsão de estreia na França, seu sucesso chinês pode abrir caminho para cinemas no exterior.

O filme é uma variação do tema de Jornada para o Oeste , um clássico da literatura chinesa amplamente adotado na cultura popular, desde o mangá Dragon Ball dos anos 1980 até o videogame Black Myth: Wukong . A história acompanha um monge que viaja da China para a Índia em busca de cânones budistas que ele deseja traduzir para o chinês. Ele é acompanhado por quatro protetores "imortais", na forma de um porco antropomórfico, um rei-macaco, um cavalo-dragão e um ogro da areia.

Ninguém se detém nesses nobres personagens, mas sim nos famosos "monstrinhos" do título — em mandarim, falamos de "yaoguai ", seres sobrenaturais que povoam a natureza, mas são tão pouco considerados pela ordem mundial que nem sequer têm nome.