No Museu Carnavalet em Paris, as andanças parisienses de Agnès Varda

Achávamos que sabíamos tudo sobre Agnès Varda (1928-2019), dadas as exposições e retrospectivas que proliferaram nos últimos dez anos. Mas a fama alcançada pela artista, que faleceu em 2019, primeiro como cineasta e depois como artista visual, obscureceu todo um aspecto de sua obra: seus primórdios como fotógrafa. No Musée Carnavalet, uma exposição original e encantadora, centrada na relação de Agnès Varda com a cidade de Paris, com 130 gravuras de época e documentos inéditos dos arquivos de Agnès Varda, oferece a oportunidade de descobrir sua perspectiva única e livre, que mistura fantasia com uma estranheza muito mais sombria.

A partir de 1951 Na época de sua morte, Agnès Varda morava no mesmo endereço, na rue Daguerre, 86 (um nome providencial para uma fotógrafa), no ^14º arrondissement . Em vez de um apartamento, ela havia convencido o pai a lhe comprar o que era, na época, uma favela, sem aquecimento e com banheiro externo: duas lojas e seus anexos, separados por um pátio. A exposição reconstrói e revive este lugar pitoresco que se tornou seu lar e um ponto central em sua obra – uma oficina, um estúdio de filmagem para amigos e atores, um local de filmagem e até mesmo um espaço expositivo.

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