Festival de Cannes: Ator é demitido após acusações de violência sexual, decisão inédita

No âmbito jurídico, e segundo a Télérama, o ator foi alvo de uma denúncia de três ex-companheiras por "estupro, violência física e moral" na esfera privada, "em 2018, 2019 e 2020", pelo menos quatro anos antes das filmagens. Esta queixa foi indeferida em abril de 2025 por “crime insuficientemente caracterizado”, mas “os três reclamantes indicaram a intenção de interpor recurso, constituindo-se como partes civis”, afirma a Télérama.

Contatado pela revista, Théo Navarro-Mussy lembrou que a justiça, "nesta fase, o inocentou de qualquer irregularidade". "Não recebi nenhuma informação sobre a continuidade do processo. Que eu saiba, este rascunho de queixa com ação civil não foi registrado legalmente", comentou o advogado do ator, Maître Pouzet-Gagliardi.

“Agir caso a caso”

O delegado geral do Festival de Cinema de Cannes, a quem o assunto foi levado pela Associação de Atores, justificou sua decisão pelo fato de que "o procedimento continua em andamento". "É porque há recurso e, portanto, prosseguimento da investigação, que o caso não é suspensivo. Quando a justiça finalmente é feita, a coisa muda", explica Thierry Frémaux no Télérama.