'Sim, vivemos em um mundo completamente louco': Ludmila Ulitskaya, escritora 'inimiga do povo' que fugiu da Rússia

Por Didier Jacob
Publicado em
Ludmila Ulitskaya em Paris, abril de 2022. MANUEL BRAUN/CONTOUR BY GETTY IMAGES
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Retrato Exilada em Berlim, a magnífica autora de "Sonietchka", de 82 anos, publicou um livro de contos sobre os anjos que cuidam de nós e sobre o fim do mundo que ela sente que está chegando.
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Já se passaram três anos desde que ela deixou a Rússia às pressas. A invasão da Ucrânia estava apenas começando. E ela, moscovita de coração, não sabia que caminho seguir. Ficar? Partir? " Meu marido e eu provavelmente teríamos hesitado por muito tempo antes de deixar o país. Mas meu filho chegou de Londres com passagens aéreas e nos disse que tínhamos meia hora para fazer as malas. 17,5 quilos para mim e 17,5 quilos para meu marido. Metade eram livros. O resto eram nossos pertences do dia a dia. Quando saí do apartamento, sabia que era para o longo prazo." Então, rumou para Berlim, onde encontrou mais do que uma residência temporária — um novo lar.
A verdade é que ela se adaptou rapidamente à nova vida. "Em Berlim, tenho amigos, levo uma vida normal. Não sinto nostalgia. As pessoas que deixaram a Rússia cem anos atrás sonhavam em retornar ao seu país. Enquanto os exilados de hoje querem se estabelecer na Europa, eles não querem voltar. Quanto a mim, não teria mais muito o que fazer na Rússia. Meus amigos se foram. Até meus netos..."
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