Aves em Maracaibo, Venezuela, ameaçadas pela proliferação de felinos

O número crescente desses superpredadores, frequentemente abandonados por seus donos, ameaça exterminar populações de aves, bem como de pequenos mamíferos, especialmente roedores, e répteis. Em Maracaibo, o andorinhão-de-cláudia está em perigo.
No final de abril de 2025, pássaros mortos apareceram nas ruas de Maracaibo, a segunda maior cidade da Venezuela. As cabeças decepadas e as barrigas desmembradas desses andorinhões-de-cláudia ( Tachornis squamata ), que costumam nidificar em um bosque urbano próximo a um riacho — e são de vital importância para combater os mosquitos que proliferam nesta cidade costeira — não deixaram dúvidas quanto à identidade do assassino.
"Foram os gatos que causaram suas mortes", disse o ambientalista José Sandoval ao jornal Crónica Uno . Um deles, flagrado em flagrante, foi entregue para adoção. Das 50 aves contadas em janeiro em Maracaibo, apenas 22 permaneciam no final de abril, alojadas em um único ninho, em comparação com três anteriormente.
"Se continuarmos nesse ritmo", alerta José Sandoval, "em um mês não teremos mais andorinhões, porque não morrem apenas os mortos pelos gatos, mas também os que ficam no ninho sem que ninguém os alimente".
Lá, como em todo o país, a proliferação desses felinos põe em risco a vida selvagem. Aves, lagartos, pequenos mamíferos (roedores em particular)... Quase tudo que se move pode ser vítima deste adorável animal de estimação, atrás do qual se esconde um superpredador, ou seja,
Courrier International