Na Bélgica, um líder de uma associação pró-Palestina foi privado da sua autorização de residência

Durante meses, a rede internacional de solidariedade aos prisioneiros palestinos, Samidoun, esteve na mira do governo belga. E foi durante o verão que o governo decidiu entrar em greve. Seu objetivo: neutralizar essa associação, que, segundo Bart De Wever, o primeiro-ministro nacionalista flamengo (NVA), "glorifica organizações terroristas e suas atrocidades".
Para atingir seus objetivos, as autoridades belgas mostraram-se bastante impotentes. O próprio Bart De Wever reconheceu que esse tipo de organização não cometia "crimes puníveis". Em 25 de julho, o Ministro do Interior, Bernard Quintin, um liberal do Movimento Reformista (MR), elaborou, no Conselho de Ministros, um anteprojeto de lei com o objetivo de dissolver "organizações ou grupos extremistas que ameacem a segurança nacional ou o Estado de Direito".
Em 6 de agosto, o jornal Le Soir revelou que a Comissão Geral para Refugiados e Apátridas, a quem a ex-Secretária de Estado para Asilo e Migração, Nicole de Moor, havia retirado o status de refugiado palestino do coordenador europeu de Samidoun, Mohamed Khatib. Ele é criticado por suas declarações conciliatórias em relação ao Hamas, que ele considerava, até recentemente, digno de "respeito", embora seja conhecido principalmente por sua proximidade com a Frente Popular para a Libertação da Palestina, de cunho marxista. Sua associação, Samidoun, é listada como "entidade terrorista" no Canadá e nos Estados Unidos, e é proibida na Alemanha. Um vídeo no qual ele afirma "celebrar" os ataques de 7 de outubro, considerados um "ato de resistência", está recebendo cada vez mais atenção.
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Le Monde