Arrependimento: Macron "reconhece oficialmente" que a França travou uma guerra em Camarões. Ele espera que esse reconhecimento ajude a "continuar a construir o futuro" e a fortalecer os laços entre os dois países.

Segundo a BFMTV , Emmanuel Macron reconheceu oficialmente, em carta ao presidente camaronês, Paul Biya, que a França travou "uma guerra" contra os movimentos insurrecionais em Camarões antes e depois da independência, em 1960. Essa expressão, até então ausente do discurso oficial francês, ecoa as conclusões de um relatório de historiadores apresentado em janeiro. O documento, baseado em arquivos, depoimentos e investigações de campo, indica que essa guerra, travada com violência repressiva "de natureza múltipla", continuou além de 1960, com o apoio de Paris às autoridades camaronesas independentes. Diz-se que causou "dezenas de milhares de vítimas" entre 1956 e 1961. Macron espera que esse reconhecimento permita "continuar a construir o futuro" e fortalecer os laços entre os dois países. O presidente camaronês, Paul Biya, de 92 anos, concorre a um oitavo mandato nas eleições de 12 de outubro, após a exclusão de seu principal oponente, Maurice Kamto.
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