Viajando este ano? Sete fatores que moldarão a indústria global do turismo

Turismo doméstico na Colômbia
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O turismo é um setor que evolui ao longo do tempo, gerando dinâmicas que transformam a forma como as pessoas escolhem, planejam e desfrutam de suas experiências em destinos. Até 2025, o setor de viagens será marcado por tendências que já demonstram sinais de consolidação e que, segundo Anato, impactarão diretamente os fluxos turísticos, a oferta de serviços e as estratégias de negócios.
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“Essas tendências e preferências nos fazem refletir sobre a importância de nos adaptarmos às inovações tecnológicas, incluindo cada vez mais produtos e serviços novos no mercado, e de adaptar os líderes empresariais às demandas do mercado atual, que exige deles uma visão mais estratégica e de futuro, alinhada às diretrizes definidas pelo setor”, explicou Paula Cortés Calle, presidente executiva da ANATO.
De acordo com um relatório internacional da empresa Phocuswright, foram identificados sete aspectos principais que moldarão a evolução do turismo em 2025.
Crescimento sustentado do mercado global de viagensO primeiro ponto diz respeito ao crescimento sustentado do mercado global. A análise projeta que o setor continuará a se expandir até 2026, com um aumento anual entre 8% e 12% nas reservas online. Essa tendência se deve à consolidação das plataformas digitais e às mudanças nos hábitos dos consumidores, que estão cada vez mais privilegiando os canais virtuais para organizar seus itinerários.
O estudo alerta que esse crescimento não será uniforme em todos os mercados, embora a digitalização continue sendo uma questão transversal. Agências de viagens, operadoras e companhias aéreas precisarão fortalecer sua presença em ambientes digitais e adaptar seus modelos de atendimento ao cliente para atender às demandas de usuários que priorizam rapidez, disponibilidade de informações e personalização em suas decisões de compra.
O segundo destaque está ligado ao aumento das reservas brutas globais. Segundo cálculos da Phocuswright, estas atingirão US$ 1,72 trilhão em 2025, representando um aumento de 8% em relação aos US$ 1,6 trilhão registrados em 2024. Esse volume demonstra a plena recuperação do setor após anos de desaceleração e a entrada em um período de consolidação marcado pela estabilidade nos principais destinos emissores e receptores.
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As cidades atraem a atenção por seu patrimônio arquitetônico e cultural.
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O terceiro aspecto concentra-se no comportamento das companhias aéreas. O relatório indica que o aumento da capacidade e a redução das tarifas levarão a um crescimento mais moderado nos próximos anos. Esse ajuste estimulará ainda mais as viagens, especialmente em mercados onde a conectividade internacional se expandiu. O acesso a tarifas mais baixas e a expansão das rotas criarão oportunidades para que mais pessoas viajem, embora as margens de lucro das empresas possam ficar sob pressão.
O quarto elemento foca no papel da América do Norte, que continuará a liderar como a maior contribuinte para as reservas brutas. Até 2025, o crescimento projetado é de 4,5%, atingindo US$ 568,5 bilhões . Esse número mantém a posição da região como o principal mercado global, consolidando a importância dos Estados Unidos e do Canadá como países emissores e receptores de turistas. A estabilidade de sua economia e a diversidade de sua oferta turística sustentam essa participação.
O quinto aspecto é geográfico e está relacionado às mudanças nos países mais visitados. Enquanto em 2024 a França era o destino mais visitado do mundo, com 102 milhões de turistas, segundo dados da ONU Turismo, espera-se que até 2025 o Reino Unido assuma a liderança em reservas brutas. Esse movimento reflete mudanças nas preferências dos viajantes, bem como estratégias promocionais e de conectividade que estão posicionando o Reino Unido como um player mais relevante no turismo global.Veja também: O que os colombianos priorizam ao viajar com a família? Veja o que diz o Booking.com.

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O sétimo aspecto identificado no relatório concentra-se no comportamento dos viajantes europeus. Até 2025, as preferências mudarão para viagens de lazer no exterior, com maior ênfase em destinos internacionais em detrimento dos nacionais. Essa tendência abre uma janela de oportunidade para os países anfitriões que conseguirem atrair esse mercado, historicamente caracterizado por seu volume e poder de compra. A projeção indica que os europeus priorizarão experiências culturais, culinárias e de natureza fora de suas fronteiras, o que poderá modificar as estratégias dos destinos tradicionais e abrir caminho para mercados emergentes.
“2025 continuará sendo um ano de transformação para o turismo global e, para isso, o treinamento deve ser um pilar fundamental para as agências de viagens, desenvolvendo constantemente habilidades e conhecimentos que lhes permitam atender às expectativas dos viajantes”, afirmou o líder sindical.
O estudo concorda que os profissionais do setor precisam fortalecer suas capacidades para atender consumidores mais informados, com maiores demandas por personalização e expectativas de experiências diferenciadas. Atualizações tecnológicas, diversificação de ofertas e a criação de produtos inovadores serão fatores-chave para responder a essas demandas. PAULA GALEANO BALAGUERAJornalista de Portfólio
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