Com sua adesão à Rota da Seda e seu pedido de adesão ao Banco dos BRICS, o presidente Petro conclui sua viagem à China.

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Com sua adesão à Rota da Seda e seu pedido de adesão ao Banco dos BRICS, o presidente Petro conclui sua viagem à China.

Com sua adesão à Rota da Seda e seu pedido de adesão ao Banco dos BRICS, o presidente Petro conclui sua viagem à China.
O presidente Gustavo Petro concluiu nesta sexta-feira sua segunda viagem à China, onde assinou o plano de cooperação da Rota da Seda. A Colômbia formalizou sua adesão à Iniciativa do Cinturão e Rota e apresentou um pedido de admissão ao Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), instituição financeira criada pelos países que compõem o bloco BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Durante sua visita ao gigante asiático, na qual também atuou como presidente pro tempore da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), Petro se encontrou com o presidente chinês Xi Jinping, que, após o encontro, anunciou cinco programas de cooperação com a organização e um empréstimo de 66 bilhões de yuans (35,6 trilhões de pesos colombianos) para impulsionar o desenvolvimento dos países-membros do bloco.
No entanto, as decisões do Governo não foram isentas de críticas. A assinatura do memorando de entendimento que confirma a adesão do país à Rota da Seda, por meio da qual o governo busca reduzir o déficit comercial de quase US$ 14 bilhões da Colômbia com o gigante asiático no curto prazo, gerou uma reação imediata dos Estados Unidos.

O presidente Gustavo Petro com seu colega Xi Jinping. Foto: Juan Diego Cano. Presidência

A decisão foi descrita pelo Departamento de Estado dos EUA como “contraproducente e decepcionante”. Além disso, a agência federal indicou que vetará "projetos recentes e futuros desembolsos do BID e outras instituições financeiras internacionais para empresas estatais e controladas pela China na Colômbia" e "em outros países da região", levantando dúvidas sobre o financiamento de projetos como o Metrô de Bogotá.
Por meio de sua conta oficial no X, o presidente Petro respondeu: “Acho correto que bancos financiados pelos EUA não financiem projetos que sejam de sua competência. Meu governo respeitará esse princípio.”
Sobre o acordo, é importante mencionar que ele não gera obrigações legais e estabelece expressamente que não será utilizado como base para reivindicações internacionais ou para interpretação de outros tratados. Entre os objetivos específicos do acordo —o memorando de entendimento assinado entre os dois governos define 11 áreas temáticas— ele aborda especificamente a cooperação em infraestrutura, comércio, transferência de tecnologia, inovação e energia limpa.

A ministra das Relações Exteriores, Laura Sarabia, na assinatura do memorando de entendimento com a China. Foto: Juan Diego Cano

Vale ressaltar que, embora a China tenha ganhado espaço como parceira comercial da Colômbia, ainda está longe de atingir o nível de comércio que desfruta com os Estados Unidos. Em 2024, as exportações colombianas para o país asiático totalizaram US$ 2,377 bilhões, em comparação com importações de US$ 15,936 bilhões, resultando em um saldo comercial negativo de mais de US$ 13,5 bilhões, segundo dados da Analdex.
Pedido de admissão ao Banco BRICS
O pedido foi apresentado em Xangai após um encontro entre o presidente colombiano e Dilma Rousseff, atual presidente do banco multilateral e ex-presidente do Brasil. Segundo o chefe de Estado, o objetivo desta iniciativa é encontrar alternativas financeiras às instituições tradicionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.
A carta de intenções foi assinada pelo ministro da Fazenda, Germán Ávila Plazas, que confirmou que a Colômbia pretende se tornar um membro mutuário do NDB. Isso significa que, se aprovado, o país poderá acessar empréstimos para financiar projetos de infraestrutura, saúde, energia renovável e desenvolvimento sustentável.

O presidente Gustavo Petro assinou o pedido de adesão ao Novo Banco de Desenvolvimento. Foto: Juan Diego Cano. Presidência

Na carta de solicitação de adesão, o Ministro Ávila indicou que a Colômbia está disposta a subscrever 5.125 ações do capital autorizado do banco, o equivalente a um compromisso financeiro de US$ 512,5 milhões. Desse valor, o governo colombiano indicou que 410 milhões correspondem a capital exigível (que serve como garantia) e 102,5 milhões a capital integralizado, ou seja, dinheiro em espécie. O primeiro desembolso seria feito dentro de seis meses da assinatura do acordo de adesão.
"A adesão a esta entidade permitirá que a Colômbia acesse empréstimos com condições favoráveis ​​e fortaleça sua capacidade de resposta a desafios como as mudanças climáticas e as crises econômicas globais", disse a Presidência em um comunicado divulgado na manhã de sexta-feira.
A viagem internacional do presidente Petro continuará em Roma, onde ele tentará se encontrar com o Papa Leão XIV. Na sua ausência, o ministro da Saúde, Guillermo Alfonso Jaramillo, assumirá as funções presidenciais.
CAMILO A. CASTILLOEditor PolíticoX: (@camiloandres894)
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