Um diamante que pertencia à filha de Maria Antonieta foi vendido por 11,8 milhões de euros.

Em junho passado, a casa de leilões Christie's leiloou uma peça única, rica em história e com procedência real, no evento "Magnificent Jewels", realizado em Nova York. Um diamante que quebrou um novo recorde para uma pedra dessa tonalidade, sendo vendido por impressionantes US$ 13,98 milhões (cerca de € 11,8 milhões na taxa de câmbio atual), superando em muito o preço estimado de venda, de US$ 5 milhões a US$ 7 milhões. A pedra preciosa foi transformada pela joalheria JAR em uma obra-prima contemporânea. A identidade do comprador não foi revelada.

Acredita-se que a pedra de 10,38 quilates date de meados do século XVIII e tenha pertencido a Teresa de Angoulême , a única filha sobrevivente da Rainha Maria Antonieta . A Duquesa a deixou para sua sobrinha , Maria Teresa de Chambord , e ela foi posteriormente adquirida pela Rainha Maria Teresa da Baviera . Segundo a tradição real, a Rainha deu suas joias ao seu fiel cabeleireiro antes de sua fuga fracassada para Paris em 1791 (conhecida como Fuga para Varennes), e muitas delas chegaram até sua filha, embora não se saiba se ela estava entre os saques.

Ao longo dos anos seguintes, passou de geração em geração, permanecendo escondido do público por décadas, até ser vendido para fora da família em 1996. Seu proprietário recorreu ao designer de joias americano Joel Arthur Rosenthal, conhecido como JAR, radicado em Paris, para dar-lhe um novo visual. Ele criou um anel requintado com este diamante real como peça central.

De acordo com os especialistas em joias da Christie's , a peça, que apresenta vários tons de roxo e rosa, pode ter vindo da região indiana de Golconda. A peça, com um design que lembra uma coroa, apresenta uma flor-de-lis composta por 17 diamantes redondos, platina enegrecida, e o diamante central roxo-rosa é um diamante de lapidação brilhante cometa com pureza SI1 IaB.

Este item de colecionador foi apresentado em um estojo de veludo revelando um suporte de garfo com uma desbotada Ordem Imperial Austríaca, provavelmente encomendado por Marie-Thérèse de Chambord em 1868.