Centenas de voos cancelados em toda a Europa enquanto o caos nas viagens continua

As autoridades de aviação tiveram que pedir às companhias aéreas que cancelassem centenas de voos não apenas de ida e volta para a França, mas também sobrevoando o país com o início das férias de verão.

A associação European Airlines for Europe (A4E) disse que 1.500 voos seriam cancelados na quinta e sexta-feira na Europa, afetando 300.000 passageiros.

"O controle de tráfego aéreo francês já apresenta alguns dos piores números de atrasos da Europa e agora as ações de uma minoria de funcionários do controle de tráfego aéreo francês vão atrapalhar desnecessariamente os planos de férias de milhares de pessoas na França e em toda a Europa", disse a chefe da A4E, Ourania Georgoutsakou.

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A associação disse que as greves também causaram "quase 500.000 minutos" de atrasos na Europa na quinta-feira em quase 33.000 voos comerciais.

A Ryanair, maior companhia aérea da Europa em número de passageiros, informou que cancelou mais de 400 voos.

"Essas greves são inaceitáveis", disse o CEO da Ryanair, Michael O'Leary, pedindo à Comissão Europeia que proteja esses sobrevoos por lei em caso de greves.

"Desses 400 cancelamentos de voos, 350 não seriam cancelados se a UE protegesse os sobrevoos sobre a França."

Aeroportos de Paris são os mais atingidos

Os aeroportos de Paris correm o risco de serem afetados ainda mais severamente do que no primeiro dia de greve, na quinta-feira, convocada por dois sindicatos minoritários que pediam melhores condições de trabalho e pessoal.

O momento da greve é ​​particularmente crítico, já que sexta-feira é o último dia de aula na França antes das férias de verão, com muitas famílias planejando uma escapada antecipada.

A DGAC, autoridade de aviação francesa, informou que 933 voos com partida ou chegada em aeroportos franceses foram cancelados na quinta-feira, cerca de 10% do total de voos inicialmente programados. A proporção de cancelamentos subiu para 25% nos principais aeroportos de Paris.

Mas na sexta-feira a situação corre o risco de ser ainda mais grave, com a DGAC pedindo às empresas que cancelem 40% dos voos para lidar com a greve.

O primeiro-ministro francês, François Bayrou, descreveu a greve como "chocante".

"Escolher o dia em que todos saem de férias para fazer greve no controle de tráfego aéreo é tomar os franceses como reféns", disse ele à BFMTV.

Os efeitos da greve não se limitam à França e a paralisação já provocou centenas de cancelamentos de voos que sobrevoam o país.

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