Ativistas pró-palestinos invadem a estação de rádio Vuelta a España

Os protestos pró-palestinos contra a participação da equipe Israel Premier Tech na Vuelta continuaram durante toda a corrida, a ponto de a estação de rádio da corrida ter sido hackeada, transmitindo slogans e músicas de protesto. Os ciclistas Javier Romo (Espanha) e Edward Planckaert (Bélgica) também caíram acidentalmente no chão após tropeçarem em um manifestante.

Ativistas pró-palestinos hackearam a estação de rádio da Vuelta em alguns trechos da etapa do último sábado, entre Avilés e La Farrapona, interrompendo as transmissões habituais da corrida e adicionando slogans e até canções de protesto. "Hackear uma estação de rádio é simples; não é nada incomum. Um radioamador com um pouco de habilidade pode interceptar uma frequência. O que aconteceu ontem foi puramente acidental e não representa nenhum perigo", disseram fontes de segurança da Vuelta.

Os organizadores da Vuelta tomaram medidas para evitar que esses eventos se repitam hoje, entre Vegadeo e Monforte de Lemos. Haverá manifestações até Madri. Manifestações pró-palestinas têm ocorrido na largada, na chegada e em vários pontos ao longo de cada etapa da Vuelta. A Unidade de Mobilidade e Segurança Viária da Guarda Civil, que conta com 132 policiais destacados para o evento, planeja "continuar até Madri". Para David Rebate, tenente da UMSV da Guarda Civil, os eventos que vêm ocorrendo desde que a Vuelta entrou na Espanha em 27 de agosto "não são novidade".

Também no sábado, um manifestante pró-palestino, escondido em um dos arbustos ao longo da estrada, cruzou o caminho dos ciclistas ao tropeçar em uma vala e cair de cara no chão. Esse movimento inesperado, somado à chegada de um policial para prendê-lo, assustou Javier Romo, que também caiu no chão, junto com o belga Edward Planckaert, relata Jordi Quixano . O ciclista espanhol protestou, sobrecarregado pela situação, enquanto 70 metros à frente, a polícia prendeu 10 manifestantes que provavelmente tinham a mesma intenção.