Illa defende ação "rápida" no escândalo das nomeações de professores

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Illa defende ação "rápida" no escândalo das nomeações de professores

Illa defende ação "rápida" no escândalo das nomeações de professores

Em apenas duas semanas, Salvador Illa completará um ano como presidente da Generalitat da Catalunha. E embora o escrutínio final do líder catalão no Parlamento desta sessão tenha tido um caráter de revisão do curso político, a controvérsia gerada pela paralisação do processo de atribuição de cargos docentes para 2025/2026 e questões relacionadas dominou o debate parlamentar.

Um dia após a aparição da Ministra da Educação, Esther Niubó, na qual anunciou a demissão do Diretor-Geral Adjunto de Pessoal, Abastecimento e Folha de Pagamento, Enric Trens, Illa respondeu aos apelos de vários grupos para assumir "mais responsabilidade política" pelo escândalo que afetou 57.000 pessoas, sendo a Esquerda Republicana uma das mais expressivas nesse sentido. O presidente afirmou que nem ele nem seu governo se "isentam" de tais responsabilidades e enfatizou que assumem "todas" elas.

Nesse sentido, o líder socialista defendeu a ação "rápida" e quis deixar claro que o início do ano letivo "não será afetado" e está "garantido". Salvador Illa explicou que, uma vez constatado que "as instruções acordadas não foram seguidas", o caso foi "corrigido em três dias, a fonte do erro foi identificada e o responsável por este processo foi exonerado". Ao mesmo tempo, observou que um caso foi aberto e que, dependendo do que se apurar, assumirão maior responsabilidade caso se descubra que o caso "se aprofunda".

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Foram justamente os sócios que permitiram sua posse, a Esquerra Republicana e a Comuns, que o advertiram sobre este caso. O republicano Josep Maria Jové lamentou que o governo catalão "tenha dificuldade em aceitar erros e tomar decisões" e descreveu o "absurdo" desse processo de alocação de cargos como um "espetáculo indigno".

Jové criticou o presidente por "destacar publicamente um especialista técnico" e por "estigmatizar o serviço público". Os republicanos acham difícil acreditar que um processo dessa magnitude "tenha sido conduzido por apenas uma pessoa", por isso pediram ao presidente que "assuma total responsabilidade e pare de se esconder atrás de especialistas técnicos", a ponto de "as demissões serem levadas até o limite".

Leia também O Ministério da Educação suspende a alocação de vagas para professores devido a "incidentes injustificados" no procedimento. Josep Fita
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David Cid, da Comuns, solicitou ao Poder Executivo o fim do decreto de pessoal e alertou que, embora os cargos tenham sido reatribuídos, "ainda há professores reclamando". Por isso, ele espera que o ano letivo comece "quando e como deve".

Por sua vez, Junts aludiu ao ocorrido na Educação, adicionando-o a uma lista de acontecimentos que, em sua opinião, demonstram que, em um ano, "este governo não funciona, não funciona". O presidente do grupo pós-Convergente no Parlamento da Catalunha, Albert Batet, sustentou que a administração de Illa é um "desgoverno" devido ao "colapso das infraestruturas, à crise diária em Rodalies, à falta de orçamentos e à incapacidade de aprovar vários decretos". "Não tem maioria, não tem estabilidade e depende totalmente do PSOE; aproveite este verão para refletir", disse Batet ao presidente.

O Vox também analisou o primeiro ano do governo do PSC, acusando-o de ser uma "fraude política" por deixar a Catalunha "mais pobre, mais insegura e mais irreconhecível". Em relação ao Comuns (Partido Comunista), David Cid traçou um paralelo com o desempenho do sistema educacional e indicou que o Poder Executivo "precisa melhorar" porque tem "negócios inacabados em Rodalies, habitação, energia renovável e educação".

Em resposta a essas observações, o presidente da Generalitat (Governo da Catalunha), Salvador Illa, admitiu que "ainda há muito a ser feito", mas expressou "razoável satisfação" com o que foi alcançado até o momento. Illa acredita que estão sendo feitos progressos na prioridade da "prosperidade compartilhada", com taxas de crescimento acima da média europeia. Ele destacou projetos como a expansão do Aeroporto de El Prat, o início da transferência de Rodalies, acordos para acelerar as energias renováveis e o "plano ambicioso" para promover 50.000 moradias.

Por outro lado, talvez o embate mais notório desta vez tenha sido com o presidente do Partido Popular (PP) da Catalunha, Alejandro Fernández. O líder do PP criticou o reconhecimento da delegacia de Via Laietana como um lugar de memória democrática e acusou os socialistas de "humilharem" a polícia por isso. Segundo Fernández, essa distinção "responde a um ato de chantagem particularmente imoral" e destacou que busca enquadrar a Polícia Nacional como um "símbolo da repressão franquista". "Prédios não torturam, pessoas sim, e os policiais atuais não são culpados pelas atrocidades cometidas há 50 ou 60 anos", acrescentou.

Sobre o assunto, o presidente destacou que a abordagem do PP é "divisiva" e que "eles não estão fazendo nenhum favor às forças de segurança ao tentar transformá-las em patrimônio histórico". Illa não vê "nenhum problema" em a delegacia ser reconhecida como um espaço de memória democrática: "Antes, a polícia torturava lá; agora, não; é democrático e é um mérito de todos".

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