Dez filhotes recém-nascidos morrem depois que seu dono os abandonou em um saco nas montanhas.

Um homem foi preso em Valência por abandonar dez filhotes recém-nascidos dentro de um saco plástico no meio do mato de um campo a uma temperatura externa de 38 graus. Nove dos cães morreram em consequência.

Os policiais estavam monitorando áreas florestais e realizando queimadas não autorizadas para evitar incêndios na região de Antella quando um morador local chamou a patrulha. Ele afirmou que, enquanto caminhava pela região de Cuatro Caminos, no mesmo município, ouviu uivos e que não conseguiu chegar até os animais porque a área estava coberta de ervas daninhas e silvas . Ele se ofereceu para acompanhá-los até a área.

Chegando lá, os policiais entraram no referido terreno através do mato e observaram uma ninhada de 10 filhotes recém-nascidos dentro de um saco plástico lacrado, dos quais cinco já estavam mortos.

Devido à localização do terreno (ensolarado), às altas temperaturas naquele momento na área com um calor sufocante (aproximadamente 38º às 12h30) e ao mau estado dos outros filhotes restantes, eles foram transferidos com urgência pelos agentes para uma clínica veterinária na cidade de Alberic.

Horas depois, foram informados de que, dos cinco filhotes, apenas uma fêmea havia sobrevivido, devido à desidratação grave e exaustão pelo calor. Por isso, iniciaram uma investigação sobre um suposto crime contra animais .

Após uma investigação complexa, eles localizaram a mãe dos filhotes após inspecionarem diversos canis na região. Identificaram o dono e o prenderam por colocar e abandonar dez filhotes de Podengo Valenciano dentro de um saco plástico lacrado, resultando na morte de nove dos dez animais. O detido é um homem de 66 anos, de nacionalidade espanhola.

Além da prática de um delito criminal, eles também apresentaram 10 denúncias por supostas violações administrativas da Lei 2/2023 sobre Proteção, Bem-estar e Posse de Animais de Companhia e outras Medidas de Bem-Estar Animal na Comunidade Valenciana.

A investigação foi conduzida por agentes da SEPRONA em Navarrés, que, após indagar dias depois sobre o estado de saúde do filhote sobrevivente, relataram que ele também havia morrido em decorrência do sofrimento. O processo foi encaminhado ao Juizado de Primeira Instância e Instrução de Alzira e à Promotoria de Meio Ambiente de Valência.