Encontro com Trump: Síria se junta à coalizão liderada pelos EUA contra o Estado Islâmico

Washington. A Síria aderiu à coalizão liderada pelos EUA para combater a organização terrorista Estado Islâmico (EI). A Síria assinou recentemente um acordo de cooperação política com a coalizão internacional para combater o EI, "reafirmando assim seu papel como parceira na luta contra o terrorismo e no apoio à estabilidade regional", escreveu o Ministro da Informação, Hamza al-Mustafa, na plataforma X. "O acordo é de natureza política e ainda não contém componentes militares", afirmou.
Anteriormente, o presidente dos EUA, Donald Trump, ofereceu seu apoio ao presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa, durante uma visita à Casa Branca. "Faremos tudo o que pudermos para ajudar a Síria a ter sucesso, porque faz parte do Oriente Médio", disse Trump após a reunião na segunda-feira. O presidente americano expressou sua confiança em al-Sharaa: "Estou confiante de que ele pode lidar com essa tarefa".
Nenhum jornalista teve permissão para acompanhar a reunião entre os dois líderes no Salão Oval. Também não houve coletiva de imprensa posterior. Al-Sharaa deixou a Casa Branca após cerca de duas horas, acenando para os presentes antes de entrar em seu carro, conforme observado por repórteres da Associated Press. Foi a primeira visita de um chefe de Estado sírio à Casa Branca desde a independência do país em 1946.

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O presidente dos EUA, Trump, está se esforçando para reconstruir as relações com a Síria após os 50 anos de governo da dinastia Assad. Al-Sharaa, como chefe da milícia HTS, liderou a ofensiva rebelde que forçou o governante Bashar al-Assad a fugir para a Rússia em dezembro, pondo fim à longa guerra civil.
Desde então, o presidente interino sírio tem trabalhado para melhorar as relações com os países árabes e o Ocidente. Devido aos seus antigos laços com o grupo terrorista Al-Qaeda, Al-Sharaa teve que superar resistência. Em julho, os EUA removeram a HTS da sua lista de organizações terroristas estrangeiras.
Entre outras coisas, al-Sharaa pretendia pressionar em Washington para o levantamento permanente das sanções internacionais contra seu país, impostas devido a violações dos direitos humanos sob o regime de Assad. O Departamento do Tesouro dos EUA anunciou na segunda-feira que certas sanções contra a Síria, ao abrigo da chamada Lei César, seriam suspensas por mais 180 dias.
RND/AP
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