Meinl-Reisinger viaja para Washington para se encontrar com Rubio

A ministra das Relações Exteriores, Meinl-Reisinger, viaja aos EUA ©APA/BMEIA (foto de arquivo da reunião dos ministros das Relações Exteriores da UE em Bruxelas)
A ministra das Relações Exteriores, Beate Meinl-Reisinger (NEOS), viajará para Washington na quarta-feira, onde se encontrará com seu homólogo americano, Marco Rubio, na manhã de quinta-feira (horário local/tarde CEST). De acordo com o Ministério Federal das Relações Exteriores e Segurança (BMEIA), a visita de trabalho à capital americana servirá para aprofundar as relações bilaterais entre os EUA e a Áustria. Três tópicos principais estão planejados: as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio e questões econômicas, como a disputa tarifária entre os EUA e a UE.
Em meados de julho, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou tarifas de 30% sobre produtos da UE. A medida punitiva está prevista para entrar em vigor em 1º de agosto. Até lá, a União Europeia pretende negociar a disputa comercial com os EUA e abster-se de tarifas retaliatórias. No entanto, de acordo com diplomatas da UE, um pacote abrangente de possíveis contramedidas já foi considerado, o que poderia atingir também os gigantes americanos da internet. Se nenhum acordo for alcançado com os EUA, cada vez mais países da UE estão preparados para retaliar com mais força. O próprio Trump afirmou que ainda acredita que um acordo com a UE é possível.
"O parceiro mais importante dos EUA fora da UE"
"Apesar da difícil situação geopolítica e dos desafios na relação transatlântica, os Estados Unidos são e continuam sendo nosso parceiro estratégico mais importante fora da UE", enfatizou o Ministério Federal da Europa, Oriente Médio e África antes da viagem. Em relação às tarifas, é importante chegar a "uma solução justa na mesa de negociações". "Estamos avançando em conjunto com a UE."
Os EUA são o segundo maior destino de exportação da Áustria, depois da Alemanha, e, de longe, seu mercado de vendas mais importante fora da UE. Os setores farmacêutico e de engenharia mecânica são particularmente importantes.
A reunião no Departamento de Estado está sendo realizada a convite de Rubio. O Secretário de Estado e a Secretária de Estado já haviam conversado por telefone em maio. Entre outras coisas, Meinl-Reisinger explicou que Viena estava disponível como sede para negociações sobre a disputa nuclear com o Irã. Além disso, os dois já haviam se encontrado pela primeira vez à margem da missa de posse do Papa Leão XIV no Vaticano, segundo o Ministério das Relações Exteriores e Assuntos de Segurança.
Reuniões com think tanks e membros do Congresso
Mais reuniões com representantes de think tanks estão planejadas para a Secretária de Estado em Washington. Meinl-Reisinger também visitará membros do Congresso no Capitólio na quinta-feira. A agenda inclui conversas com representantes do Partido Republicano e do Partido Democrata do presidente Trump, incluindo a ex-presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi.
Meinl-Reisinger já visitou os Estados Unidos uma vez logo após assumir o cargo em março. Em Nova York, ela lançou oficialmente a campanha da Áustria por um assento não permanente no Conselho de Segurança da ONU para o mandato de 2027/2028.
O antecessor democrata de Rubio, Antony Blinken, visitou Viena em março de 2024. Ele se encontrou com o então chanceler Karl Nehammer e o ministro das Relações Exteriores Alexander Schallenberg (ambos ÖVP). As discussões se concentraram na guerra na Faixa de Gaza, no Irã e nas drogas. Blinken havia participado de uma conferência da ONU sobre controle de drogas na UNO City, em Viena, em vista da crise de opioides em seu país.
O antecessor de Meinl-Reisinger, Schallenberg, visitou o Departamento de Estado dos EUA duas vezes. Em 2020, durante o primeiro mandato de Trump, ele se encontrou com seu homólogo republicano Mike Pompeo. Em 2023, ele visitou o democrata Antony Blinken durante o governo do presidente Joe Biden.
Ucrânia e Oriente Médio também são temas
Em relação ao conflito na Ucrânia, Trump adotou recentemente um tom mais duro em relação à Rússia e emitiu um ultimato: a Rússia tem 50 dias para concordar com um cessar-fogo, caso contrário, enfrentará novas sanções. O presidente dos EUA também prometeu à Ucrânia nova ajuda militar. O mundo se acostumou à retórica às vezes "dura" de Trump, afirmou Moscou posteriormente. No entanto, Trump também enfatizou consistentemente que continuará lutando por um acordo de paz.
No conflito do Oriente Médio, Meinl-Reisinger, juntamente com outros ministros das Relações Exteriores de 27 países e a comissária da UE, Hadja Lahbib, pediram o fim imediato da guerra na Faixa de Gaza em um comunicado na segunda-feira. "A guerra em Gaza deve acabar agora", dizia o comunicado. "Mais derramamento de sangue não serve para nada." Eles apoiaram os esforços dos mediadores, Estados Unidos, Catar e Egito.
A declaração foi assinada, entre outros, pelos ministros das Relações Exteriores da Áustria, Itália, França, Reino Unido, Bélgica e Canadá, bem como pela Comissária da UE para a Igualdade de Gênero e Gestão de Crises. Meinl-Reisinger também pediu um "cessar-fogo permanente" em X. "O direito internacional humanitário deve ser plenamente respeitado; é necessário que haja acesso irrestrito da ajuda humanitária para organizações internacionais de ajuda. Os civis devem ser protegidos." Israel não se mostrou impressionado e expandiu novamente sua operação militar em Gaza.
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